Este é um velho ditado usado por muita gente para dar uma indireta em pessoas que moram ou pretendem morar com os pais mesmo depois de casados. O grande déficit habitacional que o pais viveu e de certa forma ainda vive e as dificuldades financeiras das pessoas em adquirir a casa própria fez com que muitos jovens casais fossem morar na casa dos pais após o casamento. Esta situação não agrada a muitos, pois pode haver falta de liberdade, privacidade e porque não dizer as indesejáveis interferências na vida conjugal por pais, sogro, sogra, etc.
Quem casa, quer casa tornou-se então um jargão que muitos usam para dizer a essas pessoas que estão ou pretendem viver nesta situação de dependência de que uma vez que decidiram casar é necessário ter sua própria casa, seja própria ou alugada. Não chega a ser uma expressão pejorativa, mas costumeiramente ela é empregada em um tom de brincadeira com um fundo de seriedade.
Sendo assim, a pessoa que pretende se casar, precisa de uma casa pata morar e as formas mais comuns para que isso aconteça são:
Alugar uma casa ou apartamento é o caminho mais simples e rápido para você ter uma casa onde morar. Acredito que esta seja alternativa adotada por boa parte dos casais novos em nosso país. Não é a melhor alternativa, mas é a opção que muitos tem, e portanto temos de considerar isso.
Como vantagem de alugar uma casa está o fato da rapidez com que você tem acesso à moradia, a possibilidade de encontrar um imóvel próximo do trabalho, uma variedade grande de imóveis disponíveis para locação, dentre outros.
Como desvantagem está o fato de você pagar um valor que pode ser relativamente alto em alguns casos, não estar morando em uma casa própria e portanto pode ter que sair a qualquer momento e muita das vezes não é o imóvel ideal.
Outra alternativa que tem sido usada bastante por novos casais é a compra da casa própria através do financiamento habitacional, isto se aplica bastante ao caso de apartamentos, principalmente. Nesta modalidade o novo casal poderá comprar a casa ou apartamento antes de contrair núpcias e assim poderá começar a vida nova em uma moradia própria.
Principalmente os imóveis vendidos na planta, requerem um certo tempo para a entrega, assim, em muitos casos a compra tem de acontecer com certa antecedência para que quando chegar a data do casamento a casa ou o apartamento esteja pronto para a entrega.
As vantagens deste modelo é o fato de você já morar na casa própria, pode pagar o valor das prestações de acordo com a realidade do momento, diluir o valor do imóvel em muitas prestações, o que permite a possibilidade de pagamento e poder morar em uma casa nova, algo que é bem importante.
Como desvantagem existe o fato de você fazer um compromisso de pagamento a longo prazo, uma vez que os financiamentos habitacionais podem chegar até 35 anos. Além disso, para muitos casos a opção é comprar casas ou apartamentos bem pequenos para que o valor das prestações seja acessíveis, dentre outros.
Algumas pessoas se preparam para o casamento, muito antes dele acontecer e uma das maneiras de fazer isso é comprar um terreno e esperar para fazer a construção quando for de fato ocorrer o casamento. Assim, a construção em terreno próprio é uma alternativa bastante viável economicamente e que pode ser útil para muitos casais novos.
A vantagem deste modelo é o fato de você reduzir muito o custo, uma vez que construir uma casa fica mais barato do que comprar uma casa pronta. Também conta a favor o fato de você poder construir uma casa do seu jeito e não ficar preso a modelos prontos, bem como poderá fazer uma construção maior ou mesmo deixar uma opção para expansão da casa no futuro.
A desvantagem desse modelo é que ele só é possível se você tiver o terreno ou condições de comprá-lo. Além disso precisará de ter recursos próprios para construção, o que infelizmente não é a opção para muitas pessoas.
Uma alternativa interessante se você tem o terreno é fazer o financiamento da construção, isto é possível desde que o terreno esteja escriturado em seu nome.
A Caixa oferece ainda uma possibilidade de você comprar o terreno e financiar a construção, o que de certa forma também é uma opção interessante e precisa ser avaliado com carinho.
Uma alternativa bem comum também no Brasil é o chamado três cômodo no fundo da casa do pai ou do sogro.
Muitas pessoas até tem algum recurso para construir, mas não tem o terreno e aí aquele espaço vazio lá no fundo da casa do pai acaba sendo alternativa que muitos adotam para poder fazer uma casa pequena ou uma edícula e assim ter um lugar para morar e começar a vida nova de casado.
Esta modalidade já foi muito mais comum do passado, hoje, creio que ela não seja tão forte como já foi, mas ela ainda existe e acredito que ainda vai continuar existir por um tempo.
As vantagens deste modelo é a redução drástica de custo que você tem para fazer uma construção, tem como vantagem ainda o fato de estar próximo da família e muita das vezes em uma região bem localizada.
Como desvantagem existe os famosos conflitos, fruto da proximidade com os familiares. Também conta o fato de normalmente as construções serem bem pequenas o que é uma limitação em termos de moradia, dentre outros.
Acredito que estas sejam as principais modalidades que um novo casal tem para ter acesso a casa própria e assim cumprir o jargão de que quem casa quer casa.
É muito importante tomar as decisões de maneira bem pensada e fazer um bom planejamento financeiro, tudo isto feito de maneira conjunta, ou seja, onde o noivo e a noiva estejam de acordo com a melhor alternativa para começar a vida em uma nova moradia.
A melhora econômica do país e consequentemente dos brasileiros e as atuais políticas públicas para financiamento habitacional tende a melhorar a situação de pessoas que vão se casar e precisam de uma casa. Hoje financiar um imóvel é muito mais fácil e barato do que no passado, sem contar que as pessoas estão estudando mais e conseguindo melhores postos de trabalho, o que ajuda na aquisição da casa própria e assim ficarem livre de ouvir a tão temida frase: quem casa, quer casa.
Por Redação e Aline Priscila da Silva Muniz Nóbrega